segunda-feira, 1 de junho de 2015

NBA Finals: Golden State Warriors x Cleveland Cavaliers

E chegamos as finais da NBA. Infelizmente após playoffs decepcionantes, em que as lesões apareceram demais e atrapalharam o desempenho dos times. E agora restaram apenas duas equipes: Golden State Warriors e Cleveland Cavaliers, que começarão a disputar a grande final na próxima quinta-feira. De um lado, o melhor jogador do planeta, LeBron James. Do outro, a sensação do momento, Stephen Curry, que pode ser considerado um dos melhores, se não o melhor arremessador da história. Porém, apesar deste ser o duelo principal, essa série promete muito por conta de outros nomes também.
Para começar, ambos os treinadores são rookies e já conseguiram atingir a final da NBA em suas temporadas de estreias, algo inédito na história da liga. Enquanto Steve Kerr fez uma campanha devastadora com o Warriors ao longo da temporada, David Blatt teve alguns percalços com o Cleveland Cavaliers, mas viu sua equipe avançar até a decisão da NBA com ao vencer com autoridade a fraca Conferência Leste.
 O Golden State Warriors só teve alguma dificuldade contra a equipe do Memphis Grizzlies, na semifinal do Oeste, em uma série em que chegou a estar atrás no placar logo em seu início. No entanto, Curry e Klay Thompson recuperaram seu jogo e classificaram a equipe, que depois atropelou o Houston Rockets na final do Oeste. Na primeira rodada o time de Kerr passou a vassoura no New Orleans Pelicans.
Já o Cavs sobrou no Leste, e uma das causas para isso, por mais incrível e estranho que pareça, foi uma lesão. Todos sabemos da qualidade de Kevin Love, mas a saída dele do time fez com que o garrafão ficasse ainda mais forte com a subida de produção de Tristan Thompson, que tem sido um monstro nos rebotes, principalmente os ofensivos. Aliás, boa parte das chances de título do time de Ohio passam por TT, que pode ser a chave contra a forte defesa na área pintada do GSW, formada por Andrew Bogut e o excelente Draymond Green.
Já LeBron James resolveu aparecer nos playoffs. Dono da bola e do time, o astro tem médias absurdas na pós-temporada, beirando o triplo-duplo, e vem conseguindo pulverizar recordes até de Michael Jordan, o maior jogador de basquete da história. Esta é a quinta final consecutiva de LeBron, que tem um recorde de 2-3 nas decisões da NBA.
Quem também pode ser chave na série é Klay Thompson, que ainda se recupera de uma concussão, mas deve estar apto para a disputa do jogo 1 das finais da NBA. Klay ainda segue apagado nos playoffs, mas tem tudo para fazer um duelo espetacular de ala-armadores com Jr. Smith, que vem vivendo aquele que pode ser considerado seu melhor momento na carreira.
Um fator que pode ser decisivo para o Cavs é a saúde de Kyrie Irving. Após se machucar durante os playoffs, seu armador titular está pronto para os jogos segundo David Blatt, mas ainda sem estar 100% fisicamente, algo que pode fazer a diferença, principalmente quando seu adversário é Stephen Curry.
E por falar em Curry,.. O MVP da temporada vez fazendo playoffs espetaculares. Porém, agora terá a duríssima missão de se criar diante do melhor jogador do planeta. Iman Shumpert deverá ter a complicada missão de marcar Curry, mas não será raro vermos LeBron indo ao encontro do armador do Warriors.
Deixo aqui um gráfico muito interessante, que mostra o aproveitamento de LeBron James e Stephen Curry durante a pós-temporada. Você se assustou com os 92,3% de Stephen Curry do corner esquerdo, não é? Pode assumir, pois eu também me assustei.
                 Minha mãe do céu, Stephen Curry... 92, 3%? (Créditos: NBA.COM)

Algo extremamente legal é que pelo segundo ano consecutivo veremos um brasileiro conquistando um anel de campeão. Se em 2014 Tiago Splitter foi campeão pelo San Antonio Spurs, nesta temporada Leandrinho tem papel importante na segunda unidade do Golden State Warriors, enquanto Anderson Varejão, lesionado, não tem conseguido entrar em quadra pelo Cleveland Cavaliers.
Muito mais que Curry x LeBron, as finais da NBA reservam outros ótimos duelos. Tudo isso poderá ser acompanhado a partir da próxima quinta-feira, com transmissões exclusivas da ESPN.
Bom, mas seria injusto encerrar este texto sem enviar meu palpite. Então... Cavs em 7!


    Que comecem os jogos! (Créditos: NBA)

Calendário:

Jogo 1, 4/6, 22h, Warriors Jogo 2, 7/6, 21h, Warriors Jogo 3, 9/6, 22h, Cavaliers Jogo 4, 11/6, 22h, Cavaliers
Jogo 5*, 14/6, 21h, Warriors Jogo 6*, 16/6, 22h, Cavaliers Jogo 7*, 19/6, 22h, Warriors *Se necessário

terça-feira, 26 de maio de 2015

A escolha de Paul Pogba

Todos nós sabemos que Paul Pogba é uma realidade. O jovem francês de 22 anos já figura entre os principais nomes do futebol mundial, sendo colocado por muitos como um dos que podem vencer a Bola de Ouro no futuro, inclusive.
No entanto, Pogba passa por um momento crucial em sua carreira. Após três anos de Juventus, tendo vindo para Turim a custo zero, naquele que pode ser considerado o maior erro de avaliação de Sir Alex Ferguson, hoje tem seu preço avaliado em 100 milhões de euros.
Pogba tem o já comprovado interesse de gigantes europeus como Real Madrid e Barcelona, assim como uma proposta do endinheirado PSG, clube de sua terra natal.
Para um jogador de 22 anos, o meia francês tem um desempenho fora do normal. É um meia completo, que une força física e uma categoria poucas vezes vista recentemente. Sua visão de jogo lembra a de Zinedine Zidane em alguns momentos, e sua força física se assemelha a de Patrick Vieira.
Paul Pogba assumiu um papel que antes não tinha na Juventus. Com Antonio Conte, era apenas uma peça da engranagem. Na Juve de Massimiliano Allegri, virou o principal organizador do time, sendo responsável direto pela saída de jogo.
No entanto, o jovem jogador ainda não é um jogador perfeito, embora seu preço e a expectativa de todos o coloquem dessa forma. Por ser muito jovem, não é raro ver algumas decisões erradas dele. As vezes Pogba simplesmente é preciosista demais, por saber da sua habilidade, e acaba deixando a defesa em apuros, como aconteceu contra o Real Madrid. Outras vezes lhe falta a frieza para finalizar, como também pudemos ver diante dos espanhóis, embora isso não possa ser cobrado de um jogador de sua posição.
A questão é: o que será melhor para o futuro de Pogba? Ficar na Juventus, que aposta em sua formação e evolução como jogador, ou ir atrás das cifras e mídia que pode ter na Espanha, além da chance de morar na França, sua terra natal.
Pogba se sente em casa, é querido pela torcida, por todos no clube e já deixou clara sua vontade de ficar por mais um ano na Juve, que por sua vez, não tem a intenção de vendê-lo, ainda mais agora que vem retornando a condição de potência continental. No entanto, é difícil resistir ao poderio financeiro e técnico de Barça/Real/PSG.
E aí, 'Pogboom', qual vai ser?




domingo, 17 de maio de 2015

A sina do São Paulo

Brasileiro com mais títulos da Libertadores (empatado com o Santos) e único que tri-campeão Mundial do país, o São Paulo vive um drama que já dura quase uma década: seguidas eliminações do maior torneio Sul-Americano para conterrâneos. Desde 2005, quando eliminou o Palmeiras nas oitavas e bateu o Atlético Paranaense na final, o São Paulo encontrou outros clubes brasileiros no mata-mata da Libertadores nove vezes e foi eliminado em sete. Nessas sete eliminações, em três a equipe que bateu o Tricolor Paulista foi campeão (Inter-2006 e 2010 e Atlético Mineiro-2013), em três foram vice (Grêmio-2007, Flu-2008 e Cruzeiro-2009) e a restante ainda está em jogo (Cruzeiro-2015). Na sequência, vamos fazer uma retrospectiva desses confrontos.

Fernandão e Sóbis (Crédito: Site Oficial do Internacional)
Tudo começou em 2006. O São Paulo vinha de um 2005 maravilhoso, que culminou com a vitória incrível contra o Liverpool no Japão, com gol do Mineiro que deu o terceiro título Mundial da equipe do Morumbi. O técnico Paulo Autuori acertou com o Kashima Antlers e o Muricy Ramalho assumiu. O início foi promissor, o São Paulo chegou a grande final, passando inclusive pelo rival Palmeiras nas oitavas de final. E foi aí que o drama teve início. O rival na decisão foi o Internacional, de Abel Braga, que curiosamente havia assumido o Inter após a saída de Muricy do Colorado. Na primeira partida, diante de um Morumbi lotado, vitória do Internacional, com dois gols de um iluminado Rafael Sóbis. Foi a primeira vez que o São Paulo era derrotado dentro de casa em uma final de Libertadores. Na partida de volta, o Inter segurou um 2x2 e ficou com a taça. No fim do ano, o São Paulo foi campeão brasileiro (com o rival da final como vice-campeão) e o Inter campeão Mundial, batendo o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho no auge.

Diego Souza comemora (Crédito: http://gremio1983.blogspot.com.br)
Em 2007, o São Paulo tinha novamente um gaúcho pela frente. Mas, dessa vez, o confronto foi com o Grêmio e ainda nas oitavas de final. O clube paulista era amplo favorito no confronto, mas não foi isso que se viu dentro de campo. O Grêmio tinha uma equipe modesta, com alguns talentos despontando, como Diego Souza e Carlos Eduardo, mesclado com jogadores experientes, como Schiavi, Sandro Goiano e Tuta. No jogo de ida, vitória do Tricolor Paulista por 1x0. Confiança em alta no Morumbi, porém, o que se viu na segunda partida foi um Grêmio inflamado pela sua torcida que lotou o Olímpico Monumental (quase 47 mil pessoas). O Tricolor Gaúcho abriu o placar com Tcheco, aos 17. O gol da classificação foi de Diego Souza, aos 29 da segunda etapa. Novamente, no fim daquele ano, o São Paulo foi campeão brasileiro, o segundo na sequência e o quinto no total. Já o rival gaúcho ficou com o vice-campeonato do torneio Sul-Americano, perdendo para o Boca Jrs na final.

Vibração de Washington (Crédito: Daniel Zappe/Fotocom)
A temporada 2008 começou com uma grande contratação no São Paulo: Adriano. O Imperador estava em crise na Internazionale e foi emprestado pelos italianos para tentar recuperar a sua alegria em jogar futebol aqui no Brasil. O São Paulo alcançou as quartas de final após deixar o Nacional-URU pelo caminho e enfrentaria outro Tricolor, o Fluminense, que voltava a Libertadores após 23 anos de ausência e havia feito a melhor campanha na primeira fase, por isso decidiria em casa. No Morumbi, o São Paulo dominou amplamente a partida e venceu, novamente por 1x0, com gol do Imperador. O segundo jogo, no Maracanã, presenciou uma das partidas mais emocionantes da história do torneio. O Fluminense abriu o placar logo no comecinho, com Washington, que não marcava a oito partidas. No segundo tempo, aos 26, Aloísio entortou o volante Ygor e cruzou no capricho para Adriano empatar. O Maracanã ficou em silêncio, mas por pouquíssimo tempo, já que logo na saída, Conca encontrou Dodô dentro da área, o artilheiro dos gols bonitos, dessa vez, errou o chute e contou com a sorte, já que Rogério Ceni não entendeu e acabou aceitando. O Fluminense chegava a 2x1, mas o São Paulo continuava se classificando. Os 20 minutos seguintes foram de pura tensão. Até que aos 46 minutos, Thiago Neves se preparou para cobrar um escanteio, os 80 mil tricolores presentes no Maracanã prenderam a respiração quando Washington, entre três jogadores cabeceou sem chances para Rogério Ceni. O Fluminense estava na semi-final, o São Paulo eliminado para conterrâneos pelo terceiro ano seguindo. Porém, novamente no fim do ano, o Tricolor do Morumbi levantou a taça do Brasileirão. Já o Fluminense, foi derrotado nos pênaltis pela LDU na final das Libertadores.

Celebração de Kléber (Crédito: UOL Esportes)
O São Paulo foi a primeira equipe na história a alcançar um tricampeonato seguido do Campeonato Brasileiro. E foi com esse título, que a equipe paulista entrou na Libertadores de 2009. Após uma primeira fase tranquila, o São Paulo enfrentaria o Chivas, do México, nas oitavas. Porém, o México passava por um surto da gripe H1N1, o que levou a Conmebol a reduzir o confronto a um jogo em São Paulo. Os mexicanos rejeitaram e o São Paulo se classificou sem jogar. Nas quartas, o adversário foi o Cruzeiro. Novamente Muricy Ramalho confrontava um brasileiro. Dessa vez, Washington, o carrasco de 2008, estava ao lado dos São Paulinos. Na ida, vitória do Cruzeiro por 2x1, com o Coração Valente descontando para o Tricolor Paulista. No jogo de volta, no Morumbi, um passeio celeste. O Cruzeiro venceu com facilidade, por 2x0, gols de Henrique e Kléber Gladiador, dando um passo importante no torneio onde foi finalista (perdeu para o Estudiantes-ARG). Já o São Paulo vivenciou naquela noite o último ato da Era Muricy Ramalho.

Alecsandro (Crédito: Jefferson Bernardes/Vipcomm)
Ricardo Gomes foi escolhido como substituto de Muricy Ramalho. Conseguiu terminar o Brasileiro 2009 em 3º, classificando o time para a Libertadores de 2010. Novamente uma classificação tranquila para as oitavas, porém, nessa fase, dois 0x0 com o Universitário do Peru, fez a vaga ser decidida nos pênaltis. O São Paulo avançou para as quartas e, após esse sofrimento, enfrentou o algoz do ano anterior, o Cruzeiro. Após quatro eliminações seguidas para conterrâneos, o São Paulo não tomou conhecimento do time mineiro e venceu as duas partidas por 2x0, se vingando da derrota em 2009. Nas semi-finais, outro antigo algoz: o Internacional. No Beira-Rio, o Inter precisou que o garoto Giuliano entrasse no segundo tempo, no lugar de Andrezinho, para marcar o gol da vitória magra, por 1x0. No Morumbi lotado e com a torcida contando que a "maldição" de ser eliminado por brasileiros havia sido derrubada, o São Paulo recebeu o Inter e terminou o primeiro tempo vencendo por 1x0, gol do zagueiro Alex Silva. No início do segundo tempo, a partida pegou fogo. Aos 6, Alecsandro empatou para o Colorado. Na sequência, aos 8, Ricardo Oliveira botou o São Paulo em vantagem novamente. Depois disso foram 40 minutos de sofrimento para a torcida tricolor, que aguardava o golzinho salvador que nunca veio. O Colorado de Celso Roth passou para a final, levou o título contra o Chivas mas deu vexame no Mundial, perdendo para o Mazembe, do Congo, na semi-final. No São Paulo, Ricardo Gomes não aguentou muito tempo e caiu.

"Lance" marcante (Crédito: Pinterest)
Após três longos anos de ausência no maior torneio Sul-Americano, o São Paulo retornou em 2013, após um título da Sul-Americana em 2012, na polêmica final contra o Tigre-ARG. O São Paulo caiu no grupo do Atlético Mineiro e se classificou na bacia das almas, como o pior segundo colocado, para enfrentar justamente o Galo. Nos confrontos da primeira fase, 2x1 para o Atlético em Belo Horizonte e 2x0 para o São Paulo em casa. Se esses resultados se repetissem, o São Paulo se classificaria. Mas já na primeira partida, isso caiu por terra, quando o Galo venceu por 2x1, após o Tricolor Paulista dominar o início de partida, abrir o placar com Jadson. Mas tudo caiu por terra quando o experiente Lúcio fez uma bobagem, foi expulso e abriu a porteira para um grande atuação de Ronaldinho, que fez um, o outro da virada foi de Tardelli. No jogo de volta, o Galo passeou, fez 4x1, com hat-trick de Jô. Um dos gols mais marcantes dessa série de quatro jogos, saiu após um lance polêmico, onde Ronaldinho pegava água com Rogério Ceni e se posicionou para receber um lateral na vitória do Galo por 2x1 na estréia. Foi o símbolo daqueles confrontos. Se o São Paulo conseguisse um empate naquela partida, teria outro confronto nas oitavas, o que poderia mudar muito na campanha das duas equipes. O Atlético, no fim das contas, após muito sofrimento contra Tijuana, Newell's e Olímpia, levou a Libertadores pela primeira vez. Já o São Paulo, que tinha Ney Franco como técnico, fez um dos seus piores Brasileiros, brigando para não cair por boa parte do torneio.

Fábio salva o Cruzeiro (Crédito: Eugenio Savio/AP)
Chegamos a 2015. O São Paulo teve de volta Muricy por dois anos, mas ele saiu no meio da primeira fase da Libertadores. Sem conseguir encontrar um técnico a altura, o interino Milton Cruz foi efetivado. Mais uma vez, o Tricolor Paulista sofreu na primeira fase, dessa vez caindo no grupo do arqui-rival Corinthians, mas no fim se classificou como melhor segundo colocado, com 12 pontos e enfrentaria o Cruzeiro, mais uma vez. Na primeira partida, um massacre do São Paulo, chances desperdiçadas em sequência e grande atuação de Fábio, o goleiro celeste. No finzinho, após boa jogada de Bruno, o argentino Centurión fez o gol da vitória. A partida de volta, no Mineirão, teve um primeiro tempo bem franco, com o Cruzeiro pressionando, não da mesma forma que o São Paulo no Morumbi, mas bem mais próximo do gol, que não saiu. Na segunda etapa, um contra-ataque matador terminou em gol de Leandro Damião. O Cruzeiro tentou, o São Paulo teve uma grande chance com Luís Fabiano, mas o placar ficou 1x0. Pênaltis. Rogério Ceni começou cobrando, fez. Leandro Damião, herói do tempo normal, bateu e Ceni pegou. Parecia ser noite de Rogério, que esteve em todas as eliminações. Veio Ganso, 2x0 SP. Marquinhos foi o primeiro a marcar pelo Cruzeiro. Souza isolou. De Arrascaeta empatou para os mineiros. Luís Fabiano na bola e Fábio pegou. Henrique acertou o seu e botou o Cruzeiro na frente, 3x2. Centurión empatou para o São Paulo. Manoel teria a chance de matar o jogo. Rogério defendeu de novo. Abrindo a série alternada, Lucão bateu e Fábio também pegou. O garoto Gabriel Xavier tinha mais um match point nas mãos. Bateu e não deu para Rogério Ceni, eliminado nos pênaltis em sua última Libertadores. Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos. Quando o São Paulo vai se recuperar?

sábado, 2 de maio de 2015

Boca-River: A Revolução de Maio.


Com esse impactante nome dado pelo diário Olé, a Argentina vive a expectativa de ver a sequencia de 3 superclássicos em 11 dias entre Boca Juniors e River Plate. Donos de uma das maiores rivalidades do mundo do futebol, as equipes argentinas se encontrarão pelo Torneo Julio H. Grondona neste domingo e depois medirão forças nas oitavas de final da Copa Bridgestone Libertadores, nos dias 7 e 14 de maio.

Os rivais vivem boa fase e atualmente estão dividindo a liderança do novo e inchado campeonato local com 24 pontos em 10 rodadas. O River de Marcelo Gallardo vem de derrota para o Huracán na Supercopa Argentina, mas já conquistou um título na temporada: A Recopa Sulamericana, contra o San Lorenzo. O Boca ainda está invicto no ano e com os 100% de aproveitamento na fase de grupo da Libertadores, o time comandado por Rodolfo Arruabarrena cravou na história a melhor campanha desta fase na história da competição.

Em 2015, os rivais se enfrentaram no Torneo de Verano, uma competição de pré-temporada entre os clubes argentinos, e o Boca com seu time considerado reserva venceu o River por impactantes 5x0. No último confronto internacional entre as duas equipes, o River eliminou o Boca na Copa Total Sulamericana de 2014 com uma vitória de 1x0 em casa após empate sem gols na casa do rival. Pelo Campeonato Argentino, no Torneo de Transición 2014, o último Superclássico terminou empatado em 1x1 no Monumental de Nuñez.

Com a proximidade dos confrontos continentais pela Libertadores, os treinadores optaram por manter o mistério na escalação do jogo deste domingo. O mais provável é que os times entrem em campo com poucas mudanças em relação a suas equipes habituais. O Boca, que jogará em casa, tem sua defesa como ponto forte. Sofreu apenas 5 gols em 10 jogos, tendo ficado 5 sem que o adversário balançasse suas redes. O River, que tem o ataque mais positivo da competição com 24 gols, conseguiu marcar em todas as partidas disputadas e pretende continuar essa marca para apagar o vexame sofrido para o rival na pré-temporada.

Independente do que acontecer em campo domingo na Bombonera, o mundo do futebol vai sair vencedor. Serão 3 superclássicos históricos que moverão multidões, paixões e muita rivalidade. Agora com os dois gigantes em grande fase, a expectativa é por 3 grandes jogos não só na tradicional raça, mas também na parte técnica e tática. Que vença o melhor e que viva o futebol!

AGENDA

03/05
Torneo Julio H. Grondona
Boca Juniors x River Plate
Estádio Alberto J. Armando - La Bombonera
Horário: 18h15
Transmissão: Fox Sports 2

07/05
Copa Bridgestone Libertadores
River Plate x Boca Juniors
Estádio Antonio Vespucio Liberti - Monumental de Núñez
Horário: 21h00
Transmissão: SporTV

14/05
Copa Bridgestone Libertadores
Boca Juniors x River Plate
Estádio Alberto J. Armando - La Bombonera
Horário: 21h00
Transmissão: SporTV

sábado, 18 de abril de 2015

QUE COMECEM OS JOGOS!

(Créditos: NBA)

E chegou! Finalmente, para a alegria dos fãs, os PLAYOFFS da NBA chegaram. Terminou na noite de quarta, 15/04, a temporada regular da liga, que foi um tanto quanto surpreendente, devido a uma série de fatores. Entre eles: o voo alto de Atlanta Hawks e do Toronto Raptors, não acostumados a frequentar tão altas posições nos últimos anos.

Outra surpresa foram alguns times que conseguiram vaga na postseason aos trancos e barrancos, e que não eram esperados nos playoffs, como o Brooklyn Nets, o Boston Celtics e o New Orleans Pelicans.

E isso só foi possível, graças a algumas eliminações precoces, como a do Miami Heat (atual vice-campeão), do Oklahoma City Thunder (do último MVP) e do Indiana Pacers (prejudicado pela lesão de Paul George ainda na preparação americana para o Mundial).

Aliás, outra coisa que também marcou essa temporada regular, foi o grande número lesões sofridas, tirando jogadores importantes para suas equipes, de cerca de pelo menos 25% dos jogos. Esses foram os casos de Dwyane Wade, no Heat (ausente em 24,4% das partidas), Kobe Bryant, no Lakers (57,3%), Kevin Durant, no Thunder (67%) e Paul George, no Pacers (92,6%).

Bom, tudo isso é passado agora. Os playoffs chegam prometendo e muito. O 'Oeste Selvagem' como vem sendo chamada a Conferência do lado do Pacífico, já começa pegada desde a 1ª rodada, com confrontos que envolvem, por exemplo, o San Antonio Spurs (atual campeão) e o Los Angeles Clippers, dois times considerados candidatos ao título. Já a temporada regular do lado Leste não empolgou tanto. Apenas 5 times terminaram com mais vitórias do que derrotas. A exceção foi o Atlanta Hawks, que tomou a Conferência de assalto, com um basquete jogado que envolve toda a equipe, por isso, ganhou o apelido de "Spurs do Leste".

E para que VOCÊ fique por dentro de tudo o que vai rolar na fase final do melhor basquete do mundo, nós do DE PR1MEIRA, fizemos uma análise de cada confronto:

Conferência Leste


Brooklyn Nets (8º) @ (1º) Atlanta Hawks

Em uma temporada fantástica, o Hawks mostrou que finalmente pode ser considerado um contender ao título. A equipe conseguiu 60 vitórias na temporada regular, mas não teve um bom aproveitamento quando enfrentou Golden State Warriors e San Antonio Spurs, os dois times mais fortes do Oeste. O destaque do time é o jogo coletivo, que lembra o próprio Spurs em alguns momentos, sempre encontrando Kyle Korver e Demarre Carroll livres para três pontos. Já o Nets é um time bem mais fraco, que passou sufoco para se classificar e que não deve dar trabalho nenhum, apesar de contar com jogadores experientes. O Hawks só precisa manter seu jogo coletivo e a ótima marcação individual. Isso deverá ser suficiente para avançar sem problemas. Já o Nets vai precisar e muito que Joe Johnson e Deron Williams estejam inspirados (e eu ganhe na mega-sena).

Confrontos em 2014-2015
ATL 95@78 BKN
BKN 102@113 ATL
BKN 99@131 ATL
ATL 114@111 BKN




Boston Celtics (7º) @ (2º) Cleveland Cavaliers

Primeiramente, gostaria de dizer que é inegável minha surpresa ao escrever a prévia do Boston Celtics nos playoffs. Em uma temporada em que todos esperavam pelo TANK (a arte de perder jogos para conseguir uma escolha alta no draft), o GM Danny Ainge mitou e reconstruiu o time durante a temporada. A movimentação mais importante foi a troca do armador Rajon Rondo, então craque do time. Chegaram peças importantes como Jae Crowder e Isiah Thomas, fundamentais para a arrancada rumo aos playoffs. Do outro lado temos o Cavs, um dos favoritos ao título. Após um início cambaleante, o time de Lebron James e Kyrie Irving se recuperou e aparece como o time mais forte da Conferência Leste, principalmente após a troca que levou Timofey Mozgov a Cleveland. O Cavs só precisa jogar o seu basquete. Só isso já será suficiente para eliminar o Celtics, que é bem inferior tecnicamente. Para o Celtics, só rezando para que os monstros do Space Jam roubem o talento do Cavs.

Confrontos em 2014-2015
CLE 122@121 BOS
BOS 79@110 CLE
BOS 99@90 CLE
CLE 78@117 BOS


Milwaukee Bucks (6º) @ (3º) Chicago Bulls

O Chicago Bulls é favorito para o confronto, afinal, foi o 3º colocado, possui um grande elenco, cheio de jogadores com bagagem de playoffs nas costas. Ao contrário de seu adversário, o Bucks é um time repleto de jovens, com muita energia, disposição e bom basquetebol pra mostrar. Liderados pelo também jovem técnico, Jason Kidd, esse time do Bucks é uma incógnita. Pode muito bem sucumbir, sentir a pressão dos playoffs e ser varrido, o que seria normal, dada a disparidade de experiência entre as equipes. Mas se me perguntassem hoje, se eu acredito que algum time pode surpreender nessa rodada, esse time seria o Milwaukee. Ainda assim, Chicago continua favorito a série, e seria também ao título, se Derrick Rose tivesse suas formas física e técnica plenas. Aliás, Bulls pode não ter Rose, Noah, Hinrich e Gibson no jogo 1. A equipe de Wisconsin pode aproveitar isso para roubar uma partida no United Center.

Confrontos de 2014-2015
CHI 95@86 MIL
MIL 87@95 CHI
MIL 71@87 CHI
CHI 91@95 MIL


Washington Wizards (5º) @ (4º) Toronto Raptors

Uma das grandes sensações da temporada, o Toronto Raptors tenta coroar o trabalho do ano com uma passagem para as Semifinais de Conferência. Seria um feito e tanto para a franquia, se considerarmos seu passado recente. O Washington Wizards aposta muito no talento do armador John Wall, que terminou a temporada com incríveis médias de 17.6 pts, 10.0 ast e 1.7 stl, para seguir em frente. Ambos possuem muitos jogadores jovens em seus elencos, o que pode indicar uma série um pouco imprevisível, pois a falta de experiência em playoffs pode pesar em muitos momentos e trazer uma boa carga de emoção para as partidas. Um dos atrativos da série é que as equipes têm força equivalente, o que trará bastante equilíbrio para a disputa. Não há favorito. Outro atrativo são os brasileiros. Do lado americano, o experiente Nenê, titular do time da capital. Do lado canadense, os novatos Bruno Caboclo e Lucas Bebê, que infelizmente não devem ter muitas chances durante os playoffs.

Confrontos em 2014-2015
WAS 84@103 TOR
TOR 120@116 WAS (OT)
WAS 93@95 TOR 

Conferência Oeste


New Orleans Pelicans (8º) @ (1º) Golden State Warriors

É a luta de David contra Golias. De um lado, a Marina Ruy Barbosa da NBA, o Golden State Warriors. Só não sei que atriz seria o New Orleans Pelicans. No entanto é uma bem feinha, que vai ganhando força ao longo da trama e se torna destaque na reta final. Se o Warriors é hoje o melhor time da NBA, o Pelicans por sua vez entrou no sufoco e tenta provar que tem condições de dar algum trabalho. O abismo entre os dois elencos é brutal, embora os dois contenham um candidato a MVP entre eles. Curry pode maltratar nesta série com suas bolas de três, mas Anthony Davis, nosso querido Monocelha, promete dar muito trabalho no garrafão. Para o Warriors, basta mover a bola e encontrar Stephen Curry e Klay Thompson livres para três pontos. Daí é Splash. E o Pelicans, que Eric Gordon, Tyreke Evans e Jrue Holiday consigam anular Stephen Curry e Klay Thompson (risos). Falar do Monocelha é cair no comum, mas ele será fundamental para qualquer pretensão do Pelicans na série.

Confrontos em 2014-2015
NOP 85@112 GSW
GSW 128@122 NOP (OT)
NOP 96@112 GSW
GSW 100@103 NOP



Dallas Mavericks (7º) @ (2º) Houston Rockets

Este confronto acontecer ainda na 1ª rodada dos playoffs é uma das justificativas do apelido da Conferência Oeste. O Mavs, que foi considerado por muitos, após a aquisição do armador Rajon Rondo, como a melhor formação titular da liga, decepcionou um pouco no final da temporada, por isso classificou-se apenas em 7º, mas continua sendo uma fortíssima equipe, que não pode ser desprezada nesta série. O time liderado por Dirk Nowitzki, tem ainda plenas condições de bater o seu rival, pois assim como ao alemão, não falta experiência de playoffs a caras como Tyson Chandler, Monta Ellis e Rajon Rondo. O lado vermelho do clássico texano, no entanto, chega com a moral muito mais elevada. Dwight Howard voltou de lesão nas últimas partidas da regular e James Harden é um dos dois favoritos a vencer o prêmio de MVP da temporada. Ninguém parece capaz de parar o "Barba do Capeta". Dallas tem capacidade para equiparar o confronto. Talvez a solução para isso seja, Dirk entrar no "Modo Deus", como nas finais de 2011, mas o cenário atual é muito mais favorável a Houston, que é o favorito para levar a série. Além da série, é um dos sérios candidatos ao título.

Confrontos em 2014-2015
DAL 92@95 HOU
DAL 94@99 HOU
HOU 100@111 DAL
HOU 108@101 DAL
San Antonio Spurs (6º) @ (3º) Los Angeles Clippers

Considerada a melhor série da primeira fase dos playoffs, temos aqui um leve favoritismo para os atuais campeões. Vivendo seu melhor momento na temporada, o Spurs venceu 21 dos últimos 25 jogos (e mesmo assim terminou em sexto na Conferência. O Oeste é mortal, amigos). Já o Clippers também vive bom momento, e promete ser páreo duro para os atuais campeões. Essa série tem alguns matchups muito interessantes. Será que o Chris Paul vai dessa vez? Spurs tem que continuar com o seu rendimento atual. Movendo a bola como sabe, o Spurs sempre encontrará alguém livre na linha dos 3 pontos. O Clippers não é um time que defenda bem (é o quinto time que mais permite arremessos na liga), e Danny Green pode ser fator chave na série. Outra coisa fundamental é a presença de Tiago Splitter em cima de Blake Griffin. O Clippers precisa forçar o jogo no garrafão, aproveitando o atleticismo de Blake Griffin e DeAndre Jordan. Essa é a chave para dar trabalho ao San Antonio Spurs.

Confrontos em 2014-2015
SAS 89@85 LAC
LAC 118@125 SAS
LAC 105@85 SAS
SAS 115@119 LAC



Memphis Grizzlies (5º) @ (4º) Portland Trail Blazers

O Portland, que só se classificou em 4º por ter vencido sua divisão, mas que fez campanha inferior ao próprio Memphis (5º) e ao San Antonio Spurs (6º), chega nessa série em uma situação preocupante. Parece que a maldição das lesões voltou a assombrar o Blazers, que entra nos playoffs com uma lista extensa de lesionados. Além de Dorell Wright e Wesley Matthews que já são ausências garantidas, Arron Afflalo, LaMarcus Aldridge, Chris Kaman, Nicolas Batum e C.J. McCollum são dúvidas para o jogo 1. Além disso, vem de 4 derrotas seguidas. Apesar de chegar com algumas dúvidas também, como Tony Allen, Mike Conley e Zach Randolph, o Memphis Grizzlies se encontra em uma fase melhor na competição e por isso, apesar de o fator mando de quadra estar do lado de lá, é o favorito para o confronto. É uma equipe sólida, que vai ser parada dura de enfrentar nesse playoffs para qualquer um, principalmente pela fase espetacular que vive o pivô espanhol Marc Gasol.

Confrontos de 2014-2015
MEM 99@112 POR
POR 98@102 MEM
MEM 98@92 POR
POR 86@97 MEM

Apostas da equipe: 

Mayron Brito - Hawks em 5, Cavs em 6, Bucks em 7, Wizards em 7. Warriors em 6, Rockets em 5, Spurs em 6, Grizzlies em 5.

Vinícius Oliveira - Hawks em 4, Cavs em 4, Bulls em 6, Wizards em 7. Warriors em 5, Mavs em 6, Spurs em 6 e Grizzlies em 5.

Texto por Mayron Brito e Vinícius Oliveira